Cuide-se, Ame-se, Previna-se

Conceito em arquitetura
20 de julho de 2021

A campanha Outubro Rosa, realizada em diversos países do mundo, procura conscientizar sobre o câncer de mama – o câncer que mais mata mulheres no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para o ano de 2022, são estimados 66.280 novos casos.

A Agência divulga informações e orientações para ajudar as servidoras a se cuidarem e a se prevenir.

Câncer de Mama
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.

A maior parte dos casos de câncer de mama ocorre em mulheres, a partir dos 50 anos, com incidência maior conforme o aumento da idade. Homens também desenvolvem câncer de mama, mas em incidência muito menor – apenas 1% de todos os casos da doença.

Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. Dos casos tratados adequadamente e em tempo oportuno, a maioria apresenta bom prognóstico.

A realização de exames preventivos para diagnóstico precoce da doença é a melhor forma de você se cuidar.

Confira as programações em postos de atendimento de saúde do seu estado e município, como nas Unidades Básicas de Saúde, hospitais, entre outros. Assim, você conseguirá identificar as atividades de seu interesse e se programar para participar delas.

O que aumenta o risco de câncer de mama?
O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença – cerca de quatro em cada cinco casos ocorre após os 50 anos.

Conforme informações do Inca, outros fatores que aumentam o risco da doença são:

Fatores ambientais e comportamentais
– obesidade e sobrepeso
– inatividade física (é considerada como a não realização de ao menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada)
– consumo de bebida alcoólica
– exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, raios-X, mamografia etc)
– tabagismo (há evidências sugestivas de aumento de risco)

Fatores da história reprodutiva e hormonal

– primeira menstruação antes de 12 anos
– não ter tido filhos
– primeira gravidez após os 30 anos
– parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
– uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
– ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos

Fatores genéticos e hereditários (a mulher que possui um ou mais fatores genéticos/hereditários apresenta risco elevado de desenvolver câncer de mama)

– história familiar de câncer de ovário
– casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos
– história familiar de câncer de mama em homens
– alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2

Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença

Como se prevenir?
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

– praticar atividade física,
– manter o peso corporal adequado,
– evitar o consumo de bebidas alcoólicas,
– amamentar (amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção),
– não fumar e evitar o tabagismo passivo.

Como fazer a detecção precoce?
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.

Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas e identificar sinais ou sintomas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

Quais são os principais sinais e sintomas?
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
– nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
– pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
– alterações no bico do peito (mamilo)
– pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
– saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos

Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.

É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

Em caso de permanecerem as alterações, elas devem procurar os serviços de saúde para avaliação diagnóstica. A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é fundamental para a detecção precoce do câncer da mama.

Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.

Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, e da mamografia, outros exames podem ser recomendados, como ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.

Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco e definição da conduta a ser adotada.

Como é o tratamento?
Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas décadas. Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis.

O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).

Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

 

Fonte: https://www.gov.br/abin/pt-br/assuntos/noticias/cuide-se-ame-se-previna-se

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